sexta-feira, 9 de abril de 2010

DIA NACIONAL da ÁGUA

-DIA NACIONAL DA ÁGUA (01/10/2009)

-Considerações Gerais

No primeiro dia de Outubro de cada ano, comemora-se o dia Nacional da Água, evidenciando a diferença para o dia Mundial da Água (celebrado em 22/03).
Por todo o País foram realizadas inúmeras actividades com vista a realçar a importância deste bem essencial para o nosso bem-estar.
Com o intuito de alertar os cidadãos para a problemática da água, vários serviços municipalizados e Organizações não governamentais promoveram actividades e workshops com vista a promover o seu uso eficiente e boas práticas ambientais, de forma a evitar a sua racionalização em situações de défice hídrico.


• No Algarve, a empresa “Águas do Algarve” vai dedicar o mês de Outubro à celebração do dia Nacional da Água, com várias acções, entre elas o seminário intitulado “ O Uso Eficiente da Água no sector Residencial”

• Em Tavira, o Centro de Ciência Viva e a Câmara Municipal, vão organizar experiências e jogos educativos na escola “Escola EB1 nº 2 (Porta Nova)” na Fundação Irene Rolo e na Associação Porta Amiga, da Ami.

• A norte, a empresa responsável pela distribuição de Água em Guimarães e Vizela. A Vimágua, lembra que já existe “uma certa contenção” no consumo de água,. O responsável, António, reforça a importância do uso de garrafas reutilizáveis e garante que a água que bebem os munícipes da região é de qualidade.
(Fonte: http://www.abcdoambiente.com)



No entanto uma das declarações proferida no âmbito das comemorações deste dia enuncia algo perturbador, em grande parte devido à pessoa que a proferiu a Sra. Catarina Albuquerque que exerce o cargo de relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Água, afirmação é a seguinte:

• A relatora especial da ONU para a água defende a realização de uma “mega-campanha” para lembrar aos portugueses que a água da torneira tem muito boa qualidade e é mais amiga do ambiente do que a engarrafada.


Por ocasião do Dia Nacional da Água, que hoje se assinala, Catarina Albuquerque defende a instalação de bebedouros públicos para diminuir o consumo de água engarrafada e apelou a uma sensibilização da restauração para oferecer nas
mesas jarros de água.


Na sua opinião, deveria também ser posta em marcha uma “mega-campanha do Governo” para promover a água da torneira. A relatora considera ainda que Portugal devia ter uma estratégia municipal na área da água, que identificasse a origem de desperdícios e promovesse a poupança de um bem “tão escasso e precioso”.
(Fonte: http://www.abcdoambiente.com)

Em resposta a estas declarações a EcoVitae informa e contesta de forma responsável as afirmações proferidas, deste modo salienta-se a importância de uma utilização responsável e correcta da água (independentemente da fonte), apoiando todas as acções nesse sentido, uma vez que se assiste a uma redução Global da disponibilidade de água potável (consumo Humano), com indicadores preocupantes na contaminação dos aquíferos, águas superficiais, redução dos glaciares, agravadas por situações meteorológicas extremas.
Relativamente á afirmação proferida pela relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Água, urge informar que será que a água da torneira tem muito boa qualidade, esta dita muito boa qualidade inclui compostos clorados (cancerígenos) inerentes ao processo de desinfecção, presença de Metais Pesados (Chumbo; Cádmio; Mercúrio; etc, estes compostos são bioacumuláveis) inerentes à própria rede de distribuição (desactualizada e com fugas), situações que são agravadas com o aumento da pressão sobre os recursos Hidricos (situações de seca hidrológica).




Não existem dúvidas que a presença de uma rede de distribuição de água potável que abrange a totalidade do território nacional representa um índice de desenvolvimento relevante, no entanto para consumo humano é recomendado a utilização de sistemas que promovam a melhoria da sua qualidade (eliminando os compostos nocivos presentes).
A EcoVitae apoia uma “mega-campanha do Governo” para promover a água da torneira desde que se garanta uma água saudável e não apenas potável para consumo humano.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Évora – a questão do excesso de Alumínio.

Évora – a questão do excesso de Alumínio.

O que é?

De onde provém?

Um problema pontual?

Uma situação exclusiva de Évora?

Um problema de Saúde pública?

Soluções?

A EcoVitae informa, em nome da coerência, sentido de responsabilidade e dever para com a população em geral o seguinte:
Em primeiro lugar, analisemos algumas notícias, dadas pelos mais variados meios de comunicação.

Évora: Água engarrafada esgota nas lojas

A água engarrafada esgotou hoje de manhã nas principais superfícies comerciais de Évora, em consequência de uma grande procura, depois do corte do abastecimento público na terça-feira à noite, apurou a agência Lusa junto dos estabelecimentos.
«A água está esgotada» foi a resposta de funcionários de vários estabelecimentos, contactados pela Lusa, que garantiram, contudo, esperar um reforço de água engarrafada.
Nalguns casos, chegaram a ser formadas filas de clientes para comprar água engarrafada.
O corte no abastecimento público de água levou ao encerramento de escolas e creches e ao abastecimento de instituições prioritárias, como os hospitais e clínicas, pelos bombeiros de várias corporações, além de deixar em desespero comerciantes e população.
O presidente da Comissão Municipal de Protecção Civil de Évora, José Ernesto Oliveira, já anunciou ter sido iniciado o processo para retomar o abastecimento público de água à cidade, devendo a situação ficar normalizada durante a tarde de hoje.

Évora está sem água desde as 23:00 de terça-feira, devido ao excesso de metais, como o alumínio, detectados na albufeira que abastece a cidade.
(Fonte: Diário Digital 06/01/2010)
07 Janeiro 2010 - 00h30

Évora: Excesso de metais em Monte Novo pode ter origem no tratamento

Água tratada com alumínio
Na origem do excesso de alumínio detectado na albufeira de Monte Novo, em Évora – que levou ao corte de água, originando o caos, com milhares de pessoas a correrem para as fontes e hipermercados para se abastecerem –, pode ter estado o tratamento a que água, turva na sequência das enxurradas, foi sujeita. Designado de coagulação-floculação, este processo implica a aplicação de sulfato de alumínio, que cria flocos posteriormente filtrados.
Dado que em nenhuma outra albufeira do País se registou idêntica situação, no Ministério do Ambiente ganhava ontem força a ideia de que na origem do problema estava o tratamento da água e não a albufeira, hipótese igualmente considerada "a mais provável" pelo dirigente da Quercus, Francisco Ferreira.
Sem pinga de água nas torneiras durante 22 horas, os cerca de 60 mil habitantes afectados pelo corte esgotaram logo de manhã a água engarrafada nas superfícies comerciais. Muitos eborenses, ainda recordados do ano de 1993, em que 25 doentes renais morreram com altos teores de alumínio no sangue devido aos tratamentos com água da rede de Évora, tiveram de formar filas de espera por nova reposição de stock.
O corte no abastecimento deu-se às 23h00 de terça-feira devido à acumulação excessiva de iões metálicos detectados no momento da captura, na barragem do Monte Novo, que abastece o concelho.

A Comissão Municipal de Protecção Civil de Évora atribuiu o aumento de metais ao facto de a albufeira ter enchido mais nos últimos dias do que no último ano, admitindo que as enxurradas tivessem levantado sedimentos nocivos.
Responsáveis das Águas do Centro Alentejo referiram que a decisão de cortar a água foi tomada quando os valores de alumínio atingiram 200 microgramas por litro.
"Podemos garantir que não chegou às torneiras água com valores em excesso. A monitorização aconteceu na altura da captação", garantiu Artur Magalhães, das Águas do Centro Alentejo.
A água regressou por volta das 21h00, mas o autarca local, José Ernesto d’ Oliveira, avisou que se os níveis de qualidade piorarem haverá" novo corte" sem aviso prévio.
"Já corri durante a manhã quatro hipermercados na cidade e não encontrei um único garrafão de água ou uma garrafa, mesmo das pequenas. Como estou sem água potável desde madrugada vou ter de esperar pela reposição dos stocks para me abastecer.": António Vila Viçosa 83 anos

DISCURSO DIRECTO

"É PRECISO RENTABILIZAR ÁGUA SUBTERRÂNEA": Francisco Ferreira, Dirigente da Quercus sobre o que originou contaminação da água da albufeira de Monte Novo
Correio da Manhã – Parece-lhe provável que as enxurradas tenham originado a contaminação com metais da água da albufeira de Monte Novo?
Francisco Ferreira – Há informações contraditórias; a origem dos sedimentos não foi bem explicada. Há quem diga que os metais foram originados nos sedimentos da albufeira, mas o mais provável é que a precipitação tenha levado à forte turvação da água e, em tais circunstâncias, aplica-se um processo de tratamento, floculação da água, com recurso a sulfato de alumínio. A água extremamente barrenta obriga a uso muito intenso de sulfato de alumínio.

– Não há alternativa?
A água captada em aquíferos subterrâneos não exige este tipo de tratamento. Mais de metade da área era, há dez anos, de origem subterrânea. Actualmente, por razões económicas e de segurança de abastecimento, a maior parte da água é superficial, o que faz com que situações como esta sejam de mais difícil gestão.

– Situações como esta podem repetir-se no futuro?
Terão tendência a repetir-se em virtude das alterações climáticas, que implicam maior frequência de fenómenos climáticos extremos, nomeadamente chuvadas intensas e contínuas. É um aviso quando o Governo se prepara para debater a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas
(Fonte: Correio da Manhã 07/01/2010)


Évora: Excesso de alumínio verificou-se na água bruta captada

O presidente da administração da Águas do Centro Alentejo revelou hoje que o excesso de alumínio na albufeira do Monte Novo (Évora) se verificou na água bruta para captação tendo atingido as 350 microgramas por litro.
“Na água bruta (não tratada), houve vários parâmetros que ultrapassaram o que é normal. O nível de alumínio atingiu as 350 microgramas por litro”, explicou Artur Magalhães, quando, na água para consumo humano, o valor não pode ultrapassar as 200 microgramas por litro.
O responsável falava durante uma visita com jornalistas à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Monte Novo, que serve o concelho de Évora, um dia depois de ter sido interrompido o abastecimento público à cidade.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, assegurou que o abastecimento de água aos cerca de 50 mil habitantes da cidade ficou normalizado hoje de manhã, registando-se apenas alguns casos de falta de pressão.

“A água bruta era de uma qualidade insusceptível de ser tratada da forma como estávamos habituados a tratá-la. As suas características variaram de forma surpreendente”, alegou Artur Magalhães, garantindo desconhecer os motivos dessas variações.

“Vamos ter de estudar aquilo que aconteceu”, acrescentou.
Em relação ao tratamento da água, o responsável afirmou que a empresa “não tem nenhuma autocrítica a fazer” e garantiu que se trata de uma “óptima água para consumo humano” e que “as pessoas não têm de ter qualquer espécie de preocupação”.

O presidente da empresa, responsável pela captação, tratamento e distribuição em alta da água a Évora, disse que, apesar da baixa qualidade da água captada, “a água fornecida nunca ultrapassou os parâmetros legais que estão consagrados para distribuição e consumo humano”.

“Fizemos o corte porque a nossa primeira preocupação é a qualidade da água que distribuímos e a saúde das populações e, por isso, não lançamos, em circunstância nenhuma, na rede pública água com características fora dos limites”, frisou.
Afirmando que o abastecimento de água a Évora “está praticamente regularizado”, Artur Magalhães escusou-se a garantir “a 100 por cento que não possam acontecer, nos próximos tempos, situações semelhantes”.

“Em princípio, não haverá mais situações destas. Mas isso implica estudar profundamente aquilo que aconteceu e tomarem-se as medidas para evitar que volte a acontecer”, disse.

Durante a visita, onde foi explicado todo o processo desde a captação de água até à injecção na rede, os responsáveis da Águas do Centro Alentejo mostraram ainda as lamas provenientes do tratamento da água, que são compactadas e enviadas para aterro.
(Fonte: Diário Digital 07/01/2010)



Chuva e lamas contaminadas na origem do alumínio em excesso.

Évora: receio de mais cortes gerou uma corrida às torneiras e a água ficou sem
pressão

Uma situação que, segundo o presidente da câmara municipal, José Ernesto d'Oliveira, seria ultrapassada brevemente. Outras zonas, sobretudo as do centro histórico, ainda continuavam com as torneiras secas ontem, à hora de fecho desta edição.

Um desses casos, na Praça do Giraldo, coração da cidade, era por cima do conhecido Café Arcada, onde os habitantes dos prédios rústicos continuaram a tratar da higiene da casa com a água da chuva e a usar água engarrafada para cozinhar.

A Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo avançou com duas razões para explicar a concentração de alumínio na água, que obrigou ao corte de anteontem no abastecimento. Por um lado, a chuva e, por outro, práticas ambientais erradas, mais concretamente a deposição de lamas contaminadas junto à estação de tratamento de águas.

ARH garante qualidade

"Temos assistido a uma intensa precipitação, o que se traduziu em escoamentos fortes para a Barragem do Monte Novo", sublinhou, ontem, a presidente da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, Paula Sarmento. As enxurradas arrastaram todo o tipo de partículas que se encontravam na envolvente da albufeira, incluindo lamas com alumínio, resultantes do processo de tratamento da água que é captada para o abastecimento. "Existem lamas muito próximas da estação de tratamento de água", disse Paula Sarmento, e "todo esse material", incluindo o manganês existente de forma "natural" nos terrenos envolventes à barragem, "chegou ao mesmo tempo à albufeira". Além disso, "com o passar dos anos", também alguns resíduos dessas antigas lamas já tinham sido levados, acabando por sedimentar-se. Com a chuva intensa e a turbulência da água da albufeira, numerosas partículas de resíduos entraram em suspensão, nas proximidades das zonas onde é captada a água para abastecimento.

"São situações temporárias, porque essas partículas sedimentam outra vez a jusante da captação", frisou.

No final de uma reunião da Comissão Distrital de Protecção Civil, a mesma responsável explicou que o serviço que dirige já tinha planeado uma limpeza na albufeira. "Já era intenção fazer a limpeza e algumas acções de promoção da qualidade da água do Monte Novo". Intenções que, pelo menos no que toca à limpeza, terão de esperar pelo próximo Verão, porque agora a albufeira está cheia.

Grande procura

Para o presidente da câmara, o problema ontem foi a corrida às torneiras que começou. "Estamos, neste momento, com um consumo de 800 metros cúbicos por hora, quando a nossa capacidade é de 600. Logo, estes picos estão a fazer baixar a pressão nas torneiras", lamentou José Ernesto d"Oliveira, criticando quem pôs a circular boatos.

A ânsia de abastecer as casas explicava-se com os receios de que iria haver cortes a partir das 0h00 desta sexta-feira, uma hipótese que o autarca refutou mas que teria levado à acumulação de água em todo o tipo de depósitos. "É lamentável que isto esteja a acontecer, até porque o que estamos a assistir é a uma política destrutiva. Pode ser que um dia tenhamos uma cultura urbana que perceba tudo o que tem vindo a acontecer", vincou.

Quanto à água que voltou à rede pública, a ARH garante a qualidade. No momento do corte, o alumínio atingiu 350 microgramas por litro na água bruta, isto é, na captação, quando o máximo é de 200. Ontem, segundo Paula Sarmento, os níveis estavam "muito abaixo do máximo".

Vistoria às albufeiras agrícolas

Para prevenção de eventuais situações de extravaso de outras barragens, sobretudo agrícolas, a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, a Direcção Regional de Agricultura e as autarquias vão iniciar a sinalização deste tipo de albufeiras. Isto porque estas são feitas fundamentalmente de terra compactada, muitas não estão licenciadas e localizam-se em propriedade privada.
(Fonte: Publico 08/01/2010)
1- Alumínio (Al) – O que é?

É um metal, de baixa densidade, bom condutor de calor e de electricidade.

2- De onde provém?
O Alumínio é utilizado em processos industriais (fundições; química; tintas; embalagem de alimentos).
Tratamento (coagulação / floculação) da água para consumo humano.

3- Problema Pontual?
A questão da presença de Alumínio em concentrações elevadas, na água para consumo humano, de acordo com o historial de eventos desta natureza pode ser considerado pontual mas não isolado. Este tipo de acontecimentos depende da origem do Alumínio, cuja principal suspeita advém de uma das etapas do processamento da água da rede pública (coagulação / floculação).

4- Situação exclusiva de Évora?
O acontecimento da contaminação da água da rede pública com Alumínio, é motivado por diversos factores que podem suceder em qualquer localização geográfica, no entanto existem zonas mais sensíveis*, locais onde a disponibilidade hídrica superficial seja mais reduzida e o consumo mais elevado (a localização de Évora é um bom exemplo) pois o reduzido caudal dos afluentes da barragem de Monte Novo, tornam esta massa de água vulnerável a picos de precipitação e aumentos súbitos do caudal dos cursos de água que a abastecem, criam turbulência e injectam inúmeros sólidos suspensos (sedimentos) que turvam a água, situação esta que normalmente é tratada nas E.T.A.s, através da adição de Sulfato de Alumínio, de forma a melhorar as características de uma água.

5- Problema de saúde pública?
Existem diversos estudos que revelam a toxicidade do Alumínio entre os quais destacam-se:
-Alguns derivados do Alumínio têm capacidade de alterar a membrana hematoencefálica, modificando a sua permeabilidade e permitindo a entrada do Al no Sistema Nervoso Central.
-Os aluminiosalicilatos podem catalisar a formação de radicais livres de oxigénio nas células gliais e provocar neurotoxicidade.
-O Alumínio é responsável por casos de encefalopatia em doentes submetidos a hemodiálise.
-O alumínio tem sido relacionado com a doença de Alzheimer.
-náuseas, vómitos, diarreia, úlceras bucais, úlceras e irritações dérmicas e dores
corporais (WHO).

6- Soluções?
No caso da utilização de Sais de Alumínio no tratamento da água, a sua utilização é previsível, mas deve ser evitada se possível (ter em atenção o valor paramétrico 200µg/dm3),podem ser utilizados em alternativa Sais de Ferro, dependendo do teor de sólidos em suspensão.
Se a origem da água para consumo humano for subterrânea, existe um menor teor de sólidos em suspensão e consequentemente uma menor necessidade de utilização de Sulfato de Alumínio.
Se a água depois de processada com Sulfato de Alumínio for filtrada através de um sistema de Osmose Inversa.
De acordo com as notícias supracitadas e afirmações proferidas pelas entidades responsáveis, a EcoVitae realça alguns aspectos (identificados a vermelho) e discute o seguinte:

A contradição de argumentos é visível e pode ser lida nas seguintes afirmações:

“Évora está sem água desde as 23:00 de terça-feira, devido ao excesso de metais, como o alumínio, detectados na albufeira que abastece a cidade”
Évora: Excesso de metais em Monte Novo pode ter origem no tratamento
Évora: Excesso de alumínio verificou-se na água bruta captada
A EcoVitae partilha da convicção de Francisco Ferreira de que o Alumínio presente na água para consumo humano advém do tratamento que é dado á água através de sulfato de Alumínio (Coagulação / Floculação), de forma a reduzir a matéria em suspensão e particularmente em situações de elevada precipitação e consequente aumento de sólidos em suspensão na massa de água.
"Podemos garantir que não chegou às torneiras água com valores em excesso. A monitorização aconteceu na altura da captação", garantiu Artur Magalhães, das Águas do Centro Alentejo.

Seria desejável que o Sr. Artur Magalhães explicasse melhor a expressão “..altura da captação..” ou terá sido na altura de entrada de água na rede de distribuição, a jusante do tratamento com sulfato de Alumínio.
“Vamos ter de estudar aquilo que aconteceu”
Sem dúvida que se deve estudar o que aconteceu de forma a prever e impedir acontecimentos semelhantes, embora a situação seja conhecida e o problema resida numa das etapas do tratamento da água.
Em relação ao tratamento da água, o responsável afirmou que a empresa “não tem nenhuma autocrítica a fazer” e garantiu que se trata de uma “óptima água para consumo humano” e que “as pessoas não têm de ter qualquer espécie de preocupação”.
De novo gostaríamos de saber o significado da palavra “óptima” e que pôr de lado a preocupação com acontecimentos destes torna-se impossível e mesmo desaconselhável.
"Já corri durante a manhã quatro hipermercados na cidade e não encontrei um único garrafão de água ou uma garrafa, mesmo das pequenas. Como estou sem água potável desde madrugada vou ter de esperar pela reposição dos stocks para me abastecer."
A água é um direito essencial á vida, a sua ausência para consumo humano, mesmo que de forma pontual é inaceitável.
A Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo avançou com duas razões para explicar a concentração de alumínio na água, que obrigou ao corte de anteontem no abastecimento. Por um lado, a chuva e, por outro, práticas ambientais erradas, mais concretamente a deposição de lamas contaminadas junto à estação de tratamento de águas.

ARH garante qualidade

"Temos assistido a uma intensa precipitação, o que se traduziu em escoamentos fortes para a Barragem do Monte Novo", sublinhou, ontem, a presidente da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, Paula Sarmento. As enxurradas arrastaram todo o tipo de partículas que se encontravam na envolvente da albufeira, incluindo lamas com alumínio, resultantes do processo de tratamento da água que é captada para o abastecimento. "Existem lamas muito próximas da estação de tratamento de água", disse Paula Sarmento.

Uma entidade de responsabilidade como a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo, deveria ser mais clara nas suas afirmações, culpabilizar a chuva e práticas ambientais erradas parece-me despropositado e fora de contexto, pois o acontecimento de chuvas de alguma intensidade deveriam estar previstas no âmbito do tratamento e sem dúvida que existem situações de práticas ambientais incorrectas, mas não se devem fazer acusações sem provas concretas. Uma outra situação que deve ser esclarecida prende-se com o facto da deposição de lamas contaminadas, junto á estação de tratamento de águas, que deve ser verificada e comprovada, uma vez que é improvável e resultado de alguma irresponsabilidade por parte das autoridades competentes.

A EcoVitae partilha da preocupação dos consumidores, apoia a rápida intervenção das autoridades competentes na resolução do problema, mas contesta as informações contraditórias e susceptíveis de levantarem dúvidas quanto á sua veracidade.

Nova Imagem ECOVITAE

A Ecovitae tem o prazer de informar todos os seus clientes e fornecedores que entrámos no novo ano com uma nova imagem institucional, reforçando os nossos valores e ideais em conformidade com o meio ambiente. Pretendemos que esta imagem dinâmica e profissional possa acompanhá-lo no sucesso das suas actividades.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Boas Festas - EcoVitae


A Ecovitae deseja a todos os seus clientes e parceiros um Feliz Natal e um Ecológico 2010!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Loja EcoVitae Palmela


Projecto em curso para os interiores da loja de produtos biológicos do grupo EcoVitae em Palmela.

O material que caracteriza o espaço é o OSB (aparas de madeira prensadas) com grande durabilidade, fácil aplicação e baixo impacto ambiental. É proveniente de madeiras de troncos finos de florestas geridas de forma sustentável e de restos reciclados de madeira e é totalmente reciclável.

Em contraste com a imagem texturada e quente do osb utilizam-se, nas estantes e balcão, superfícies polidas lacadas a branco. A iluminação é totalmente concebida com lâmpadas de baixo consumo.

Pontualmente serão introduzidos objectos de cortiça para expôr produtos.
A imagem geral do projecto será organizada, limpa e prática mas quente e divertida!
O projecto está a cargo das arquitectas Catarina Pinto e Susana Acácio, duas criativas apostadas em conceber espaços saudáveis, eco-eficientes e com baixa pegada ecológica.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

E.P.A.L. promove produto comercial - OKOBALL


A E.P.A.L. – Empresa Portuguesa de Águas Livres S.A., promove um produto comercial relacionado com a lavagem da roupa. A E.P.A.L. revela, no texto redaccional do seu “Jornal Águas Livres” na edição de Abril de 2009 nº 181, que soube “da existência da bola Ökoball e que não hesita em dá-la a conhecer”. A empresa afirma no seu jornal que “ a Ökoball está especialmente indicada para lavar roupa, mas também pode ser utilizada na máquina de lavar a loiça. Serve ainda para tirar os cheiros do frigorífico”.

(Fonte: Tecnologias do Ambiente nº92 Novembro – Dezembro 2009)

Consulte o nosso website e obtenha mais informações sobre a OKOBALL.

Congresso Mundial da Água - 2014

A capital Portuguesa foi escolhida para a realização do Congresso Mundial da Água de 2014, da I.W.A. – International Water Association (Associação Internacional da Água), a candidatura fora apresentada pela C.N.A.I.A. (Comissão Nacional da Associação Internacional da Água), em parceria com a E.P.A.L., empresa responsável pelo abastecimento de água em Lisboa.
O tema do congresso será “Finding Solutions to Assure the Future (Encontrar soluções para Assegurar o Futuro).

A I.W.A. realiza o seu congresso mundial de dois em dois anos, tendo o último decorrido em Viena, na Áustria, em Setembro de 2008.
O próximo congresso mundial da I.W.A. realiza-se em 2010 em Montreal, Canadá. Em 2012 será em Busan, Coreia.

(Fonte: Tecnologias do Ambiente nº92 Novembro – Dezembro 2009)